quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Rosa do Deserto

A Vida chega de mansinho, lentamente às nossas vidas. Faz-se anunciar docemente, sem burburinho, deixando recados e mensagens só para nós.
Como uma rosa do deserto, que nasce do orvalho da noite, do calor do sol e de um grão de areia,
a Vida convida-se nos nossos corações.
Ao encontrar a dor, a mágoa e a tristeza, a Vida torna-se esta bela flor. Nascem então os sonhos, e no sonho nasce a vontade de os tornar reais.
Como uma rosa do deserto, um pedaço de Vida reanima o que estava latente mas adormecido. E então, no meio do nada e de coisa nenhuma nasce uma flor, chamada Amor.
Num grão de areia cristalizado pela força da natureza, duas vidas sem rumo encontram-se num mesmo caminho. E num deserto antes árido e infértil, brota a maior prova de que a Vida pode nascer nas condições mais difíceis, improváveis e inóspitas.
Como uma rosa do deserto, existe este Amor que ambos trazemos no peito e que simboliza a nossa caminhada e a nossa luta.
Que a Alegria se revele no nosso olhar, a Paz se faça presente e o Amor perdure nos nossos corações.

Amo-te. Infinitamente.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Amor com Sabor a Mel

Saboreio o mel dos teus lábios como quem bebe o elixir da vida.

Tua pele tem o gosto doce deste mel que em gotas lânguidas se espraia pelos vales e montanhas do teu corpo.

Mel dourado, cor dos campos de trigo, papoilas de Verão que salpicam de vermelho o horizonte dos teus lábios.

Dourado mesclado pelo mar dos teus olhos onde mergulho em busca das emoções que me ofereces.

Mel denso e delicado, levemente perfumado pelas flores onde nasceu e que te cobre, tornando-te fonte do meu deleite.

Não resisto à visão deste néctar que me ofereces abertamente...despudoradamente.

Sacio-me dele, bebo a sua essência, a sua vida.

E percebo que o teu amor...tem sabor a mel...

domingo, 5 de agosto de 2007

Temporal

Há uma tempestade no meu mar de sentidos.

Qual náufraga debato-me nas ondas que me empurram e me levam numa corrente forte e avassaladora nos momentos em que não te encontro.

Não sei viver sem ti.

O vento forte arrasta-me para uma maré cheia de sentimentos e sensações, onde me perco e só me encontro quando estás ao meu lado.

Vem…traz-me a bonança depois da tempestade.

Dá-me a tua mão e leva-me desta noite sem luar onde mergulhei. Faz do silêncio uma canção, da ausência o encontro, da distância o destino.

Abraça-me com a tua alma, acolhe-me no teu corpo.

Tremo de frio e de cansaço, que me chegaram nesta luta que travo contra um temporal que se abateu sobre mim.

Sorrio quando vens para mim.

O temporal passou…